Piracicaba completa, neste primeiro dia de agosto, 257 anos, na presença de um povo que perpetua suas raízes e tradições e em paralelo auxilia no desenvolvimento de um futuro cada vez mais tecnológico e industrial.
Fazendo jus ao hino oficial, o município é cheio de “flores e de encantos”. Pelas ruas e avenidas do município, que de origem indígena significa “Lugar onde peixe para”, os moradores e turistas se deparam com inúmeros lugares que fazem deles se tornarem atrativos turísticos e culturais.
Um dos lugares que não pode faltar na memória fotográfica é o Parque da Rua do Porto “João Hermann Neto”. Espaço com mais de 200 mil metros quadrados, com lago para canoagem e pedalinho, pista para caminhadas e teatro de arena. Ao lado, o famoso rio Piracicaba, com sua queda d’água intitulada “Véu da Noiva”. Certa vez, em entrevista para este articulista, o presidente do Instituto Beira Rio, Luis Fernando Magossi, comentou que em termos de cultura e turismo, 90% das atividades são relacionadas ao rio Piracicaba. “Para se ter uma ideia, até o humor dos piracicabanos se alternam de acordo com a situação do rio. Quando o manancial está baixo, com coloração escura, o nosso povo se entristece, mas quando o rio está cheio, jorrando água para fora, os piracicabanos se enchem de alegria”, comentou Magossi, naquele bate-papo. Vale destacar também que ele é responsável pela organização do passeio de barco pelo manancial que, além de um trabalho turístico, tem como objetivo a conscientização da flora e fauna que foram construídas naturalmente nas margens do rio.
Do outro lado do manancial está localizado o Parque do Engenho Central, espaço onde funcionava um engenho de açúcar, inaugurado em 1881 pelo Barão de Rezende, e foi um dos mais importantes produtores de açúcar e álcool até 1950, quando houve uma queda na produção, devido à falta de mão-de-obra especializada e concorrência com outras empresas do segmento nos países latino-americanos. As atividades foram encerradas cerca de 25 anos depois, em 1974. Atualmente, o Parque do Engenho Central sedia eventos como a “Paixão de Cristo” e o Salão Internacional de Humor.
A exploração turística rural também se torna um segmento capaz de gerar empregos, rendas e divisas locais, possibilitando a entrada de turistas de outras localidades em busca de diferentes culturas. Exemplos dos bairros Santana e Santa Olímpia, que foram as últimas colônias de origem tirolesa do sudeste brasileiro, desenvolvidas por imigrantes trentinos. Os visitantes que ali passam se deparam com uma comunidade com forte apelo para a conservação das tradições, gastronomia, construções históricas e do próprio dialeto ítalo-tirolês.
Destaque ainda para o Tanquã, área de preservação ambiental conhecida como o mini-pantanal piracicabano que apresenta uma notória biodiversidade de avifauna, com a presença de mais de 90 espécies de aves aquáticas e inúmeros mamíferos e répteis ameaçados de extinção. Local às margens do rio Piracicaba, conta com famílias ribeirinhas que sobrevivem em sua maioria com a venda do pescado e produção local.
De norte a sul, de leste a oeste, Piracicaba se torna um excelente lugar para se viver.