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Identidade da mulher madura na atualidade

(12-09-2019) Sabe aquela tarde de domingo gostosa? Garoa fina, friozinho… Momento propício para minhas próprias reflexões acerca da passagem do tempo, da chegada da maturidade e das escolhas que priorizo. De repente, uma luz. Vou rever o filme: “Do jeito que elas querem”, um longa-metragem que nos instiga a refletir sobre a identidade da mulher madura da atualidade. Sabemos das inúmeras dificuldades pelas quais passa o sexo feminino nessa fase da vida: discriminações, preconceitos etc., mas neste texto, o objetivo é pensar em como prosseguir com nossas escolhas mais conscientes, priorizando nossos próprios desejos.
O filme traz a história de quatro protagonistas mulheres, bem-sucedidas e da fiel amizade que mantêm entre si. No decorrer do enredo, as personagens, com idades acima de 60 anos, percebem a estagnação de suas vidas. Trata-se de uma narrativa sobre a redescoberta pessoal. Não gira em torno do homem ou de relacionamentos. Vai muito além. Discute o descobrir ou redescobrir da plena liberdade de escolhas.
Já no finalzinho do longa, há um interessante diálogo entre uma mãe e suas filhas, que resgato para ilustrar nossa reflexão: “Filha: – Mãe, você deve estar exausta! Você não ficou preocupada que na sua idade você dirigiu sozinha até aqui? Mãe, você poderia ter matado alguém! Mãe: – Eu acho que não é para tanto. Filha: – Só o fato de não ficar preocupada já me deixa assustada! Mãe: – Meu Deus, por favor, parem! Estou falando sério! […] Ainda não desisti da vida. Tem coisas que quero explorar. Eu tenho esse direito. […] A mãe de vocês está vivendo muito bem. Sei que estou ficando velha, mas ainda estou aprendendo, e uma das maiores lições que aprendi é não ter medo de ser feliz. Eu as amo, mas não vou ficar aqui.”
Num primeiro momento, pensando em proteger a mãe, as filhas reproduzem o preconceito que ainda existe em nossa sociedade, negando a ela a possibilidade e capacidade de dirigir sozinha, de ter autonomia de ir e vir, de fazer suas próprias escolhas. A resposta da mãe, em contrapartida, representa a busca por essa nova identidade da mulher madura, que não quer desisitir de viver a vida, quer sempre aprender mais, fazer suas próprias escolhas e não ter medo de ser feliz. É um alerta para todas nós.
Trabalho e tenho desenvolvido pesquisas com pessoas nessa idade. Tenho constatado que, assim como as protagonista de “Do jeito que elas querem”, as mulheres nessa etapa estão empenhadas em criar novas possibilidades e significados para suas existências como podemos constatar nos discursos de algumas de nossas alunas: “ser mulher, nessa fase da vida, significa estar no auge da vida pessoal, viver em plena liberdade de escolhas, realizar os próprios desejos e sonhos, sem amarras, sem nos importarmos com a idade e com a opinião dos outros, e exercendo a capacidade de escolher o que é melhor para nós mesmas.”
Podemos observar que, após uma vida sobrecarregada com a criação dos filhos, cuidados com a casa, marido e trabalho, tanto as personagens quanto nossas alunas descobriram que são donas de seu próprio tempo; não respondem mais as demandas e expectativas dos outros, e sentem que conquistaram a liberdade de ir e vir, fazer e não fazer, de serem elas mesmas, com suas próprias escolhas, protagonizando suas vidas, valorizando mais suas próprias vontades, e entendendo que as descobertas continuam, pois somos todos eternos aprendizes.
E você, cara leitora, é a protagonista de sua própria vida?
Até mais!
Maristela Negri Marrano é pós-graduada em Neurociências Aplicadas à Longevidade (UFRJ), mestre em Educação Física (Unimep) e sócia-diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba (Clap). Contato: maristela@centroclap.com.br
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