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Seus pensamentos podem encurtar telômeros – Por Alessandra Cerri

(03-03-2020) Elizabeth Blackburn
ganhou o prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina em 2009, graças às suas
importantes pesquisas e descobertas relacionadas aos telômeros e à telomerase,
que ainda hoje contribuem muito para a saúde da população.

Os telômeros são
estruturas repetitivas de DNA localizadas nas pontas dos cromossomos, que
garantem o trânsito de informações sem o desgaste do material genético. De uma
maneira simplista, eles protegem os cromossomos “verdadeiros”. Quanto mais
longas forem essas extremidades, mais saudáveis seremos.

Blackburn e Elissa
Epel desenvolveram pesquisas para verificar o que prejudica ou beneficia o
crescimento dos telômeros. Também investigaram o que impacta na produção da
telomerase – a enzima que cria novas dessas estruturas a partir da própria
sequência bioquímica.

Entre as muitas
descobertas – várias delas descritas no livro “O segredo está nos
telômeros”-, está a comprovação de que o estresse mental encurta as
extremidades dos cromossomos. Mais que isso, elas mostraram que o estresse é
diretamente influenciado pelos nossos pensamentos.

De acordo com as
pesquisadoras, produzimos cerca de 65 mil pensamentos por dia e 90% deles são
repetições de conceitos formulados anteriormente. Isso indica que temos uma
tendência muito grande de remoer situações. O pior é que essa ruminação é ainda
maior com ideias que nos fazem mal.

Segundo as autoras,
essa ruminação é extremamente nociva, pois a preocupação em demasia com um
pensamento provoca a permanência do estresse no corpo (liberando toxinas no
organismo) por muito tempo, mesmo depois de o motivo causador do desgaste ter
se encerrado.

Além da ruminação,
outros hábitos mentais altamente prejudiciais aos nossos telômeros são
pessimismo, devaneio e hostilidade consigo mesmo. Tais comportamentos podem ser
muito dolorosos e fontes diretas de estresse, ansiedade e depressão.

Precisamos melhorar
nossos padrões de reflexão e nos proteger da vulnerabilidade emocional
ocasionada pela falta de autogestão. Para Blackburn e Epel, uma das formas mais
eficientes de se fazer isso é pelo pensamento resiliente, o qual é possível
alcançar por meio da conscienciosidade, considerada hoje um dos traços de
personalidade mais consistentes para a longevidade e felicidade.

Estamos na grande
maioria do tempo, alheios ao nosso presente, à mercê de nossos pensamentos e
memórias negativas. Os pesquisadores Killingsworth e Gilbert descobriram que
passamos metade do dia pensando em algo diferente do que estamos fazendo,
inclusive, durante o sexo, conversa com amigos e exercícios. Isso é
extremamente desgastante para o cérebro e para nosso nervo vago.

Além da
conscienciosidade, outro fator que nos ajuda a conservar o pensamento
resiliente – e, consequentemente, nossa saúde – é manter a regularidade das
atividades da mente e do corpo, com a prática de exercícios físicos. Também, é
importante estimular a autocompaixão, ser gentil consigo mesmo, valorizar
qualidades pessoais, reduzir as críticas internas, diminuir a culpa, acordar
com alegria, pensar positivamente e ser grato pelas possibilidades de cada dia.

Nossos pensamentos
têm grande força e impactam diretamente em nossa saúde. Vigiá-los e usá-los a
nosso favor pode ser uma estratégia altamente benéfica para a manutenção da
saúde e da qualidade de vida.

Para finalizar o
texto, o sábio Buda possui uma frase perfeita para nossa reflexão: “Nem teus
piores inimigos podem fazer tanto dano quanto teus próprios pensamentos”.

Até a próxima!
Namastê!

 

 

Alessandra
Cerri é sócia-diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba
(CLAP), mestre em Educação Física, pós-graduada em Neurociência e em
Psicossomática.

 

 

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