O evento para entrega do Prêmio Pirarazzi de Cultura – 1ª edição, de reconhecimento aos fazedores de arte e cultura em Piracicaba acontece dia 5 de dezembro (domingo), às 18h, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central, com diversas atrações artísticas. A idealização é do artista cênico, radialista e colunista de jornal Elson de Belém. A entrada é gratuita.
Conforme Belém, a premiação nasceu com o propósito de estimular os trabalhos dos gestores, produtores e empresários da classe artística. “O insight deste prêmio surgiu quando eu apresentava em 2012 o programa de rádio Cultsocial, pela Rádio Pira. Eu tentava dar visibilidade aos artistas, dos mais variados segmentos, com as entrevistas que eu fazia. A arte é fundamental para a sociedade e temos trabalhos impecáveis realizados pelos artistas da cidade, então, nada mais justo que reconhecer isso e fomentar a produção local”, comenta.
A apresentação do evento ficou sob a responsabilidade de Danilo Telles e Mariana Meneghinni. As atrações confirmadas são Evinha do Forró & banda e Labelly Askovit.
PREMIADOS – Os fazedores de arte e cultura a serem premiados no dia 5 de dezembro, e suas respectivas áreas, são: Marcos Godoy e Barbosa Neto (apresentador), Felipe Nunes (ator), Rafaela Arthuso (atriz), Douglas Neves (cantor), Aninha Barros e Pa Moreno (cantora), Evair Sousa (contador de história), Fernanda Ferreira e Marcio Felicio (coreógrafo), Larissa Mori (DJ), Leo Bueno & Julio Cesar (duplas sertaneja), Mamma Mia – Allegro Vocale (espetáculo), Tiago Rochetto (fotógrafo), Casa do Hip Hop (instituição cultural), Mundo Multicor – Composição de Dunga e Luis Henrique, com interpretação de Aninha Barros no álbum Neguinha (música), Arte no Largo (projetos Culturais) e Elis Justi (radialista).
HOMENAGEM – A primeira edição do Prêmio Pirarazzi de Cultura tem como homenageada a escritora e contadora de histórias Carmelina Toledo Piza. “A Carmelina é referência literária em Piracicaba. Ela muda vidas através das histórias e isso faz diferença na nossa sociedade, tornando nosso meio muito mais humano”, diz Elson de Belém.
São parceiros do Prêmio Pirarazzi de Cultura – 1ª edição: Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), Portal Nova 15 Rádio e TV, A Tribuna Piracicabana, Rádio Metropolitana, TV Ativa de Piracicaba, Engenho da Notícia – Comunicação Integrada, Eco Promoções e Eventos e Dona Mara Geleias. A produção cultural é de Cirilo Brancaleone.
SERVIÇO – Entrega do Prêmio Pirarazzi de Cultura – 1ª edição. Dia 5 de dezembro (domingo), às 18h, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central (Av. Dr. Maurice Allain, 454 – Vila Rezende).
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
Abertura com Danilo Telles e Mariana Meneghinni
Discurso do idealizador do Prêmio: Elson de Belém
Discurso do Secretário de Cultura de Piracicaba: Adolpho Queiroz
Atração artística: Drag queen Labelly Askovitty
Premiação aos artistas (Parte I)
Atração artística: Evinha do Forró & banda
Premiação aos artistas (Parte II)
Entrega da placa à homenageada do ano: escritora e contadora de histórias Carmelina Toledo Piza
Participação da cantora Aninha Barros interpretando a música vencedora
Atração surpresa
Encerramento
SOBRE O IDEALIZADOR
EU NA ARTE – passado, presente e futuro
por Elson de Belém
Sempre tive vontade de fazer algo ligado à arte, mas a inibição era meu grande obstáculo. Até que um dia tomei coragem e dei o primeiro passo, ainda adolescente, nos encontros de jovens da igreja do bairro do Guamá, onde brinquei de “atuar”. Na época, foi um desastre e desisti completamente. Com 17 anos de idade, no ano de 1982, participei como calouro do Chacrinha, recebendo o “troféu abacaxi”, do saudoso Chacrinha, que estava com sua caravana em Belém para escolher o melhor cantor do Pará. Participei com a musica “Leão Ferido” do Biafra, que me rendeu uma “bronca” do Chacrinha, que disse: “Meu filho, você não merece nem o troféu abacaxi, pois vai me dar prejuízo”. Aquelas palavras foram suficientes para me fazer desistir de uma vez por todas da vontade de cantar, atuar etc. Porém, aos 20 anos aquele “bichinho” do teatro veio me perturbar novamente. E foi quando me inscrevi numa oficina de teatro do Sesc Pará, dando início aos meus primeiros estudos teatrais. Foi no ano de 1986 que realmente percebi a magia do teatro. Participei de diversas montagens nas oficinas e fui chamado para fazer parte do grupo da entidade, denominado GENT´s PA. Junto da minha trupe, realizei a primeira montagem profissional de uma peça teatral, dirigida pelo saudoso e meu grande incentivador e “mestre” Luiz Carlos Moraes”, com o apoio do diretor e amigo Carlos Alberto. O título do espetáculo foi “Tragédia numa caixa de brinquedos”, de Érico Verissimo. Ficamos em cartaz durante 3 anos, com apresentações, inclusive, no Teatro Margarida Schivasappa, do CENTUR. Dentro do grupo participei de diversos eventos pelo Sesc, como escritor, ator e dançarino do grupo folclórico.
No ano de 1989, participei de algumas oficinas no grupo experimental do Mosqueiro, com o saudoso “Albertinho Bastos”, e tive participação em uma peça do grupo, com Agenor Del Valle.
Outra atividade ligada à arte foi a promoção como curador de três exposições referentes às obras musicais de Fafá de Belém, no Hilton Hotel, em 2000, e assembleia paraense, em 2003. A terceira proposta foi em 2008, com uma mostra sobre a carreira artística da cantora Nazaré Pereira, no hall do Teatro Margarida Schivasappa.
Como viver da arte em Belém sempre foi uma calamidade, me preocupei com a minha vida profissional em outras áreas. Retornei, então, para mais uma oficina em 1998, na Universidade CESUPA, com o diretor Alberto Silva Neto. Foram, na verdade, várias oficinas, que culminaram em uma montagem denominada “Teatro de Rua”. Foi uma experiência fantástica, onde atuávamos com as reações das pessoas por onde passávamos.
E, em meio a todas essas passagens, uma das grandes incentivadoras da minha carreira foi a cantora Fafá de Belém, pela qual tenho admiração imensurável, que de tanto assistir seus shows, curioso como sou, percebi como era fantástica a magia infraestrutural dos shows musicais, tendo como mestra a produtora cultural Carmem Ribas. Diante disso, pensei em fazer algo mais sério.
Foi quando voltei a estudar mais sobre a arte e participei de diversos cursos na área cultural até que decidi me voltar para a parte técnica, dos bastidores, do mundo por trás dos holofotes e ingressei no curso superior Gestão e Produção de eventos culturais da UNAMA, o qual me fortaleceu de conhecimentos.
Em seguida, outro curso superior, o de “Comunicação Institucional”, pela Faculdade de Tecnologia da Amazônia, o qual me fez entender melhor sobre leis de incentivo à cultura, organização de eventos, cerimonial, rádio, jornal, televisão, entre outras disciplinas inerentes ao curso.
Depois disso participei de diversas atividades e outros cursos, como Elaboração de projetos culturais, captação de recursos, maquiagem, adereço, roteiro teatral, rold, marketing cultural e fórum mundial da cultura.
No ano de 2006, adaptei, produzi e dirigi a peça “E se fosse comigo”, com os funcionários da empresa Casa Granado, em Belém. Este foi um dos meus maiores desafios e despertou em mim o desejo de realizar teatro empresarial com cunho social, como forma de contribuir para amenizar conflitos internos dentro de empresas. Os atores eram totalmente inexperientes e fizeram do espetáculo um grande acontecimento daquela empresa.
Em 2007, participei da oficina de teatro de bonecos com o grupo In bust, tendo como instrutor Anibal Pacha. O curso agregou às atividades desenvolvidas no curso de Pedagogia que estava fazendo pela UVA, o qual deu início a uma série de apresentações com o teatro universitário, enfatizando a contribuição do teatro para incentivo e dinamismo dos acadêmicos em oratória em meio aos fantasmas do medo de falar em público.
Em 2008, participei da Oficina de teatro da UNAMA e apresentamos a peça “Liberdade, liberdade”, com o ator e diretor Adriano Barroso, que me fez o convite para participar do grupo profissional de teatro Nós outros, com a peça “O glorioso auto do nascimento do Cristo rei”, dirigido por Ailson Braga e Hudson Andrade.
Neste mesmo ano, tive o privilégio e grande contentamento de assessorar a cantora Nazaré Pereira nos diversos shows que apresentou em Belém, atuando em todas as esferas dos espetáculos, desde a criação dos shows até a montagem final, fato este que me deixa muito envaidecido através do meu trabalho ter até hoje o reconhecimento desta grande artista brasileira que me abriu novamente as portas para fazer parte do universo artístico de Belém.
Hoje, depois de todas essas experiências, meu desejo na arte é dirigir, produzir, escrever, me tornar um mantenedor da arte. Isso virou um fascínio e me desafiou a remontar a peça “E se fosse comigo”, com os alunos do Projeto Social Renascer Quarenta Horas.
Mudei-me para Piracicaba (SP) em 2009, consegui tirar o DRT, criei o Projeto Relacionalizando-se, que através do personagem Charles Chaplin ministrava palestras motivacionais.
No ano de 2011, dirigi e atuei na peça teatral “Os presentes de Jesus menino”, designada especificamente para comunidade do bairro de São Jorge (Piracicaba-SP). Em seguida, fui convidado a integrar o elenco do espetáculo “Vida de vedete”, da CIA 4X4, com o qual permanecemos 1 ano em cartaz.
Em 2012, depois de uma entrevista na Radio Pira, fui convidado para apresentar um programa, ao qual dei o nome de “Cultsocial”. Com ele, foram 3 anos entrevistando artistas de Piracicaba e região. Nesse mesmo ano, integrei o elenco do megaespetáculo Paixão de Cristo, atuando em 3 edições. Depois, ministrei a oficina Guarantã na comunidade, a convite do Projeto Guarantã. Também em 2012, iniciei as oficinas de teatro para 3ª idade na Estação Paulista e no Centro de apoio às vítimas de Bullyng – CAVIBU.
Pirarazzi
Dentro do programa de rádio, criei a revista Pirarazzi, uma espécie de TV Fama da região, com o intuito de promoção de visibilidade artística. A Pirarazzi é uma Revista de entretenimento que objetiva levar informações culturais para todos os públicos, promovendo a classe artística de Piracicaba e região, fomentando a produção da cultura local. A Pirarazzi ocupa espaço na mídia impressa, rádio, TV, redes sociais e plataformas digitais, conquistando cada vez mais seu público e a classe artística pela qualidade, responsabilidade e credibilidade do seu conteúdo.
Em 2019, a Pirarazzi passou a ser Coluna publicada pelo Jornal impresso e digital A Tribuna Piracicabana, um marco na comunicação cultural da cidade pelo pioneirismo por abordar a produção artística local, ganhando grande repercussão na região. Em 2020, ela migrou para o rádio com o nome “Pirarazzi nas ondas do rádio”, com transmissão pelo Portal Nova 15 radio, notícias e TV.
Prêmio Pirarazzi de Cultura – PPCULT
Neste mesmo ano, foi criado o Prêmio Pirarazzi de Cultura, idealizado por Elson de Belém, que reconhece os artistas de vários segmentos artísticos. Em dezembro de 2021, acontecerá o evento de entrega do prêmio aos melhores de 2019 no Teatro Erotides de Campos – Engenho Central.
Projeto Tarubá
Desde 2014, Elson de Belém, ator, produtor cultural, radialista, colunista, vem difundindo a cultura amazônica através dos seus trabalhos em Piracicaba e região. Sentiu necessidade de criar o projeto “Tarubá”, que nasceu com o objetivo de apresentar e oportunizar a abertura da cultura nortista, especificamente o que é produzido em Belém do Pará, como as famosas lendas e as danças e ritmos, como o carimbó, que se tornou patrimônio cultural paraense. O Projeto Tarubá já esteve em diversas ações em escolas e instituições, assim como a dança do carimbó foi apresentado em eventos culturais no estado de São Paulo. Trouxe artistas paraenses para se apresentarem em Piracicaba, como os cantores Pedrinho Callado, Jeanne Darwiche e a dançarina Cecilia Mani Chanti.
Fiofhó de Belém
Essa personagem nascida na década de 2000, na ABR (Associação Cultural Babadeiros na Roça). Batizada pelo escritor, folclorista, diretor e ator Harles Oliveira, com concepção e interpretação do ator Elson de Belém, que dá vida e conta suas histórias estapafúrdias, utilizando-se de palavrões escancarados, como ela batizou de “deslize de língua”, que tem reação instantânea da plateia. Fiofhó tem características nortistas, caribenhas, indígenas e sua linguagem é a da mulher ribeirinha dos rios de Belém do Pará. De acordo com ela, já foi possuída pelo boto, cruzou com a Matinta Pereira e relata histórias de suas passagens pelas lendas amazônicas. Deixou sua cidade para tentar a vida na grande São Paulo. Saiu de Pôpôpô pelos rios do Pará e por onde passa deixa sua marca, evidenciada pelos banhos que encantam os homens com os cheiros, perfumes, patuás e balangandãs, tendo como misticismo as encantarias da Amazônia com sua fauna e flora.
Seus shows têm nomes inusitados e exóticos, como “Te faz de doido que o pau te acha”, “Tem muita goma no meu tacacá”, “Diva sinistra”, “Suor de fêmea”, “Enfoguetada” e o mais recente “Fogo no cabaré”, onde distribui especiarias típicas do Pará como farinha, andiroba, patchoulli, entre outros que fazem parte do “kit paraense”. Na gastronomia, é cozinheira de mão cheia do “Pato no tucupi”, “maniçoba”, “Tacacá” “Turu”, entre outros. Fiofhó também é “Erveira” e prepara os famosos cheiros atrativos que são: “Chama dinheiro”, “Chama marido”, “Segura pé de calça” “Pega e não me larga”, chega-te a mim”, “Vai buscar quem mora longe”, “Chora nos meus pés”, além do “chá do tamacuaré” e o “Xiri da bota”.
Já trocou de nome duas vezes por conta da numerologia. Uma vez disseram que ela só iria fazer sucesso se inserisse uma letra no nome. Assim o fez, inseriu o H e hoje ela assina “Fiofhó” até para dissociar do suposto buraco negro. Fiofhó já apresentou programa na TV Ativa de Piracicaba, foi apresentadora do quadro Pirarazzi na TV, dentro do Programa Verinha Figueredo e já concedeu diversas entrevistas em programas locais e nacionais.
Fez shows em diversas cidades do interior paulista, inclusive em São Paulo capital. Em Piracicaba, participou da Festa das Nações, Encontro nordestino, se apresentou na pub Piratchay etc. Participou do quadro de humor do Programa Eliana, do SBT. Atualmente, escreve a Coluna “Nem te conto maninha”, no youtube posta vídeos no “Canal profundo da Fiofhó” e agora tem seu próprio programa, o “ShowChá da Fiofhó”, apresentado todas as quartas-feiras, às 17h, pelo Portal Nova 15 rádio e TV, onde criou o quadro Chá da Fiofhó, gravado na casa do artista e homenageando os convidados, levando-os às lagrimas. Seus próximos projetos são: novo show que conta com uma megaprodução para depois da pandemia e o Pod cast “Fiofhó para maiores”.
Rádio e TV
Programa Vozes femininas pela Rádio Cultura do Pará (projeto experimental) – 2005
Programa Cultsocial via Web pela Rádio Pira – 2012
Programa Recanto Nordestino pela Rádio AM/FM Difusora de Piracicaba – 2014
Programa Verinha Figueredo, quadro Pirarazzi na TV pela TV Ativa de Piracicaba – 2016
Programa Ativa no ar, quadro Pirarazzi na TV pela TV Ativa de Piracicaba – 2017
Programa Pirarazzi nas ondas do rádio e Showchá da Fiofhó pelo Portal Nova 15 – 2019
Prêmios
2015 – Reconhecimento pela contribuição no evento Encontro nordestino CTN Piracicaba SP
2018 – 7º Prêmio da Radio Cotia São Paulo
2019 – Pela segunda vez Prêmio da Radio Cotia
2019 – Prêmio Internacional Ibero Americano pela contribuição cultural – Brasil X Argentina
2019 – Voto de congratulações concedido pela Câmara de Vereadores de Piracicaba
2021 – Moção de Aplausos concedido pela Câmara de Vereadores de Piracicaba
2021 – Prêmio Destaque Pontual concedido pelo Portal SB 24 h de Santa Barbara do Oeste SP
Nesses 56 anos de existência, posso dizer que a arte faz parte da minha vida, que me move e motiva em tudo que realizo.
Viva os deuses da arte!
Viva Fernanda Montenegro;
Viva Bibi Ferreira;
Viva Gerald Thomas;
Viva Nazaré Pereira;
Viva Fafá de Belém;
Viva Shakespeare;
Viva Chaplim.
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