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SÉRIE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS – Onde encaixar o Social na implantação do ESG?

Impacto de empresas na sociedade e meio ambiente deve considerar o aspecto humano, segundo Fabiana Zani e Rodrigo Salerno, do escritório SAZ Advogados

 

Trabalhos assistenciais, sociais, culturais e esportivos, há muitas décadas integram ações de diversas empresas, seja com o objetivo de marketing ou devido ao sentimento de responsabilidade de gestores junto às comunidades. Com o surgimento das propostas de ESG (Environmental, Social and Governance) pela ONU (Organização das Nações Unidas), iniciativas do campo Social são encaradas para além da filantropia, como essenciais para o desenvolvimento sustentável e, portanto, intrínsecas ao dia a dia do próprio negócio.

Nesta terceira reportagem em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (celebrado no próximo domingo, dia 5 de junho), Fabiana Zani e Rodrigo Salerno, do escritório SAZ Advogados, explicam sobre as ações que compõem as políticas de desenvolvimento sustentável propostas pelo ESG, a partir da sigla S (Social). Este pilar do tripé trata da repercussão das empresas na sociedade, com uma visão integrativa sobre os impactos gerados.

“O desenvolvimento sustentável do Pacto Global, proposto pela ONU às empresas com o ESG, refere-se à capacidade dos negócios sobreviverem ao longo do tempo, gerando empregos e lucro. Ao mesmo tempo, garantindo os recursos essenciais, naturais e humanos, para que as presentes e futuras gerações possam continuar existindo e girando a economia. Por isso, quando tratamos do pilar Social, existe um consenso sobre a importância do elemento humano como ponto chave dessa engrenagem”, destaca Salerno.

Na implantação do ESG, ao abordar o fator social deve-se incluir os diversos empregados e stakeholders da empresa, assim como as comunidades afetadas por suas atividades e os consumidores. “É preciso ter claro o que todas essas pessoas significam para o seu negócio e como é possível criar ações que as ajudem no seu desenvolvimento educacional, cultural, pessoal e profissional. Por mais distante que essa ideia possa parecer, na verdade passa pelo respeito aos direitos humanos, trabalhistas, diversidade até a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Social é ainda construir laços fortes com clientes, fornecedores, parceiros e comunidade. Resumidamente, é cuidar para ter um impacto positivo na sociedade”.

Legislação, cultura organizacional e boas práticas de gestão são algumas das preocupações que as empresas precisam considerar, de acordo com Fabiana. “É necessária a aplicação das leis trabalhistas; o combate ao trabalho infantil e análogo a escravidão, assim como a discriminação e as desigualdades por gênero, raça, credo, orientação sexual, cultura e etnia; a promoção do bem-estar, saúde pública, privacidade e segurança de dados, qualidade do produto ou serviço; o compromisso com o estímulo ao desenvolvimento profissional e social, com a inclusão, com as questões da cadeia de suprimentos e a preocupação em criar relacionamento com fornecedores comprometidos com os mesmos valores”.

É imprescindível à organização das empresas definir, implantar, quantificar e avaliar os resultados das medidas de ESG. Pois, esses dados poderão ser incluídos nos seus relatórios de sustentabilidade e apresentados a investidores e parceiros, também para agências de classificação e certificação. “A preocupação com o trabalhador é um elemento que já tem um sistema de avaliação e classificação muito bem definido. Por exemplo, as Normas ISO 16001 ou SA 8000, que tratam da responsabilidade social, ética, meio ambiente, prevenção contra o trabalho infantil, trabalhos forçados e segurança do trabalho, entre outros assuntos”, afirmou a advogada.

Visão instrumental – É possível adotar uma visão mais instrumental sobre o S da sigla ESG. Ou seja, considerar os impactos da empresa, as medidas para contorná-los e prevenir possíveis situações, garantindo assim o futuro econômico do negócio.

“Isso se faz com coleta de dados, estudos e análises. Há que se avaliar a força de trabalho, quais os possíveis problemas para a organização no futuro, como greves, protestos de consumidores, escassez de mão de obra e mudanças em legislações. Até mesmo o mau atendimento e a qualidade dos serviços ou produtos são fatores importantes. Tem ainda as implicações em relação a segurança do que está sendo vendido e a política de cadeia da empresa, que pode estar envolvida em escândalos; além das mudanças climáticas, demográficas e do perfil dos consumidores. Tudo isso serve como ponto de partida para adotar ações sociais preventivas”, disse Fabiana.

Propostas Sociais – Não são poucas as empresas que estão exigindo de parceiros relatórios e certificados que comprovem o comprometimento social das mesmas. Entre eles, dados que revelam a composição racial, étnica e de gênero de seus empregados e colaboradores, bem como quais os projetos para melhorar diversidade, equidade e inclusão.

“É possível criar vagas específicas para negros, pessoas com deficiência ou outro grupo com maior dificuldade de ascensão social; oferecer oportunidades de plano de carreira para mulheres; incentivar o apoio a causa LGBTQIA+; iniciativas que perpassam também o elemento G (Governança) do ESG, mas que são Sociais por facilitarem a inclusão  e a mobilidade social”, explicou Salerno.

Outra ação que pode ser considerada ESG é a implantação do NPS (Net Promoter Score), ferramenta que mede a satisfação dos clientes. “É comum que empresas com alto NPS sejam aquelas que colocam os clientes em primeiro lugar. Portanto, vão se preocupar com a qualificação do produto e da equipe para um bom atendimento e pós-venda”.

No quesito desenvolvimento profissional dos empregados, é interessante criar uma cultura organizacional, que possa incluir a conscientização ambiental. “Além dos benefícios, também vale promover capacitações, programas de treinamento, definir o plano de carreira, políticas de prevenção ao assédio, cuidado com o bem-estar e a saúde do trabalhador”, destacou Fabiana.

E para além dos muros da empresa, ainda é possível desenvolver projetos que ajudem na educação, desenvolvimento cultural e tecnológico, saúde e segurança da comunidade, seja por meio de incentivo a estudantes, disponibilização de acessos a recursos, entre muitas outras possibilidades.

 

Textos anteriores:

Série Negócios Sustentáveis: Onde encaixar o Social na implantação do ESG?

Série Negócios Sustentáveis: Como implantar ações ESG de meio ambiente

Série Negócios Sustentáveis: Entenda a importância do ESG e OSD nas empresas

 

Próximo texto:

Série Negócios Sustentáveis: Compromisso com ESG passa pela Governança

 

Referências

https://exame.com/negocios/esg-social-renata-faber/

https://ambipar.com/noticias/esg-o-que-e-o-social/#:~:text=O%20pilar%20Social%20%E2%80%93%20o%20S,sociedade%20e%20o%20meio%20ambiente.

https://www.spglobal.com/en/research-insights/articles/what-is-the-s-in-esg

https://ssir.org/articles/entry/fixing_the_s_in_esg#

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/05/09/epoca-negocios-lanca-pesquisa-sobre-diversidade-em-empresas-sembarreira.ghtml

 

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