Me permita associar os seis primeiros meses deste ano como um campo florido. Mas, neste espaço, flores com espinhos também se fazem presentes. São os obstáculos encontrados durante a construção do caminhar e temos que ter uma série de cuidados ao atravessá-los.
Posso ser um articulista melodramático, mas é preciso um olhar atento para superarmos desafios impostos na caminhada (ao escrever este parágrafo, eu me lembrei do célebre trecho de Carlos Drummond de Andrade: “no meio do caminho tinha uma pedra”). Se para Drummond haviam pedras, em nosso campo florido, quantas flores com espinhos foram encontradas?
Entretanto, durante o meu percurso encontrei a flor de lótus, que pode ser representada em diferentes simbolismos. No budismo, ela significa a pureza do corpo e da mente. A lenda conta que o menino Buda, quando deu os seus primeiros passos, nesses lugares este tipo de flor desabrochou. Logo, na literatura asiática, a flor de lótus representa a elegância, beleza e perfeição. Ou seja, para cada situação, aspectos positivos. Então, em nosso campo florido sempre há aquela flor que faz toda a diferença.
Na nossa realidade, acredito que não foi por acaso que esta flor está homônima ao grupo piracicabano (vale lembrar que o grupo conta com apoio do Sicredi Dexis, instituição fortemente ligada ao Engenho da Notícia), que tem como propósito compartilhar informações, curiosidades, conteúdos e principalmente fazer conexões humanizadas. A conexão entre os seres humanos que se desenvolve da mesma forma que partículas que se encontram no núcleo atómico para a construção da matéria – que neste caso pode ser representada pela sociedade que estabelece relações e possui um aspecto de coletividade e colaboração mútua.
Frente ao grupo Flór de Lótus, estão mulheres que abrem espaços nas agendas do cotidiano para voluntariamente fazerem a diferença em um mundo tão insano e convidarem personagens que passam por situações atípicas para compartilharem suas defesas e, assim, influenciar e encorajar o próximo que enfrenta casos semelhantes. Os encontros são esporádicos e, conforme detalham as voluntárias, “são momentos onde a troca de amor e confiança andam juntas”. Participo deste encontros e me deparo que sempre novos rostos se fazem presentes. Cada um com um semblante; Cada um com traços de uma história vivida; Nos finais desses encontros, conexões.
(Serviço – Saiba mais com @regianementora)