Editorial:
Olá, contador de histórias do futuro 👋
A IA está mudando o jornalismo, mas ainda não substitui o olhar humano, a curadoria e a ética do repórter. O desafio das redações é equilibrar eficiência tecnológica com qualidade, responsabilidade e credibilidade. Essa mesma premissa vale aos criadores de conteúdo, que têm uma enorme responsabilidade na hora de criar e passar qualquer tipo de informação adiante. Nesta mesma edição, falo sobre o lançamento do meu novo e-book e o primeiro bordel com bonecas cibernéticas do mundo.
Velocidade máxima: quando a pressa por conteúdo gera notícias falsas
E a sua credibilidade vai por água abaixo
Imagine abrir uma matéria assinada por um jornalista renomado, de um jornal renomado, e, ao seguir as recomendações de leitura dadas por esse profissional, descobrir que metade dos livros sugeridos simplesmente… não existem. Parece absurdo, mas foi exatamente isso que aconteceu recentemente no Reino Unido. Um jornalista britânico publicou uma lista com “20 livros imperdíveis”, e vários títulos eram pura invenção, frutos de sugestões geradas por inteligência artificial sem qualquer checagem posterior.
Esse caso não é isolado. Com a popularização das ferramentas de IA para criação de textos, muitos profissionais pressionados por prazos curtos e pela demanda incessante de novidades, acabam recorrendo a assistentes virtuais para agilizar o trabalho. O problema? Nem sempre a IA entrega informações precisas. Ela pode “alucinar” dados, inventar nomes, misturar fatos e criar referências plausíveis, mas totalmente fictícias.
Esse é um assunto que dá pano pra manga. Os jornais que não se adaptaram a IA, ou morreram ou estão na fila da decadência. Já as redações que usam IA, é como apoio, não como substituição total dos jornalistas. O papel do jornalista humano segue essencial para apuração, checagem, análise crítica e produção de reportagens aprofundadas. Por isso que, quando acontece do jornalista não checar suas informações, a credibilidade do profissional e do jornal entram em jogo. No Brasil, uma pesquisa da Associação Nacional de Jornais (ANJ) de 2023 revelou que 26% dos veículos já testam ou implementam IA generativa em suas redações.
A IA é treinada para gerar textos convincentes, mas não tem senso crítico. Ela pode criar frases que “parecem verdade”, mas não faz distinção entre fato e ficção. Se o usuário não revisa, o erro passa despercebido e, claro, ganha as manchetes. Além do caso do jornalista britânico, já vimos influenciadores digitais recomendando produtos, filmes e até eventos que nunca existiram, apenas porque confiaram cegamente no conteúdo gerado por IA (e isso há de crescer ainda mais).
Para quem cria conteúdo, é preciso muita atenção ao usar as informações dadas pela IA. Não pense que o seu público não irá perceber. Eles percebem, sentem, compartilham seus sentimentos e o impacto pode ser enorme e até mesmo devastador. Para evitar problemas com informações falsas:
– Sempre revise e cheque informações geradas por IA. Use a tecnologia como ponto de partida, não como fonte final.
-Busque fontes confiáveis e faça cruzamento de dados. Não publique nada sem confirmar.
– Seja transparente: Se usou IA para criar parte do conteúdo, mencione isso ao público.
– Eduque sua audiência: Mostre como identificar informações falsas e incentive o pensamento crítico.
A IA é uma aliada poderosa, mas exige responsabilidade. O storytelling digital precisa ser autêntico, ético e baseado em fatos. O papel do criador, seja jornalista, influenciador ou empreendedor, é garantir que a tecnologia potencialize a verdade, e não a distorça.
Antes de publicar algo, use esse prompt para te ajudar:
“Revise o texto abaixo, cheque todas as informações e aponte possíveis inconsistências ou dados inventados. Sinalize o que precisa ser confirmado antes da publicação.”
#fim do prompt
Biblioteca de prompts para criação de conteúdo com IA
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Eu sei o quanto pode ser desafiador e demorado criar conteúdo que realmente tenha uma narrativa que conecta. Muitas vezes, a gente fica olhando para a tela em branco do computador vendo as ideias irem embora com os pensamentos.
Eu escrevei um e-book para te ajudar a criar conteúdo com IA de forma descomplicada neste guia prático Biblioteca de Prompts para Criação de Conteúdo – 40 comandos prontos para potencializar sua produção digital com IA. Ele é o seu atalho para transformar a forma como cria e se posiciona online.
Como o e-book irá te ajudar?
– Tenha um assistente de IA 24/7, gerando ideias e textos em segundos, liberando você para o que realmente importa.
– Diga adeus ao genérico! Use a IA para amplificar sua voz única e construir narrativas que representam a essência do seu negócio.
– Aprenda a usar prompts para criar histórias que não só engajam, mas convertem seguidores em clientes fiéis e defensores da sua marca.
– A IA não é só sobre velocidade, é sobre inteligência. Use-a para refinar suas ideias, tomar decisões estratégicas e operar com mais lucro.
– São 40 prompts testados e validados, e você nunca mais vai ficar sem ideias ou sem saber por onde começar.
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O primeiro bordel de bonecas cibernéticas do mundo
Ele já existe e fica em Berlim, capital da Alemanha
Recentemente, li uma matéria que arqueou minhas sobrancelhas. Pensei comigo: “Onde vamos parar?”. Mas vamos à novidade. Em Berlim, capital da Alemanha (quem conhece essa cidade sabe o quão louca e destemida é), inaugurou o primeiro bordel cibernético do mundo: o Cybrothel. Pois é! Um local onde clientes reservam uma hora com bonecas sexualizadas e equipadas em inteligência artificial, uma verdadeira mistura de tecnologia, desejo e polêmica.
O bordel fica em um prédio discreto, no coração da cidade, e o cliente só chega ao local após o seu agendamento por e-mail. Ele escolhe a boneca e lá dentro as regras são claras: respeito, discrição e nada de atravessar os limites do aceitável. Pelo que a matéria aborda, há disponíveis algumas bonecas e apenas um boneco, mas o dono do estabelecimento, Philipp Fussennegger, diz que tudo ainda é uma experiência e há muito o que melhorar.
Dentro dos quartos, as bonecas aguardam imóveis, mesmo com o ambiente tentando simular uma atmosfera de conforto e fantasia. Segundo a matéria, “pelas redes, o serviço se vende como solução para quem quer realizar fantasias ou viver experiências diferentes sem “trair de verdade” a parceira”.
“O negócio, que nasceu como um projeto artístico durante a pandemia, hoje oferece 19 opções de “acompanhantes” e uma lista de serviços extras digna de filme: boneca pré-aquecida, realidade virtual, noites inteiras com múltiplas bonecas e até interação remota, em que uma funcionária responde por áudio, simulando uma conversa, disponível em três idiomas: alemão, inglês e espanhol.”
Mas você deve estar se perguntando sobre o preço disso tudo. Vale o quanto pesa? Os valores variam de algumas centenas até mais de dez mil reais, dependendo do pacote. Mas, por trás do brilho high-tech, surgem questões profundas: até que ponto a tecnologia pode (ou deve) mediar nossos desejos? O Cybrothel virou alvo de inúmeras críticas, inclusive sobre a saúde mental. O próprio fundador admite os desafios e fala sobre a dificuldade em encontrar bonecas com corpos mais realistas, e que a indústria ainda é dominada por padrões masculinos e eurocêntricos. Pelo que vi no Instagram, são bonecas com aquela ‘beleza padrão: magras, loiras e peitudas’.
O caso de Berlim é um retrato de como a tecnologia pode tanto ampliar possibilidades quanto escancarar dilemas antigos. Para quem cria conteúdo fica a provocação: como as narrativas que criamos — seja sobre desejo, tecnologia ou relações humanas — influenciam e refletem a sociedade? E, mais importante, como podemos usar a inteligência artificial para construir histórias que respeitem a diversidade, a ética e a complexidade do ser humano?
No fim das contas, o Cybrothel é mais que um bordel futurista: é um espelho das nossas escolhas, limites e da urgência de debater o papel da tecnologia nas experiências humanas. Afinal, toda inovação carrega consigo a responsabilidade de questionar: estamos criando para conectar ou para afastar ainda mais as pessoas?
Qual a sua opinião sobre isso? Quer conhecer o bordel cibernético? Clique aqui para ir ao Instagram.
Fonte da matéria: site otempo.com.br
Até semana que vem:)
Sou Sabrina Scarpare, jornalista, especialista em narrativas com IA e criadora desta newsletter. A leitura é dedicada a pessoas que buscam entender melhor e dominar a arte do storytelling potencializado com a criação de conteúdo com IA. Semanalmente, compartilho insights, técnicas e ferramentas práticas para ajudar você a criar conteúdo mais envolvente, autêntico e eficaz para o seu negócio.