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Análise sobre os últimos acontecimentos envolvendo a Petrobras

No dia 22 de fevereiro, o Índice Bovespa (Ibovespa) fechou em queda 4,87%, movimento que foi puxado especialmente pela desvalorização na cotação das ações da Petrobras. O pregão refletiu a alteração do humor do mercado com o fato de que após a Petrobras ter anunciado reajuste nos preços do Diesel e da Gasolina, o Presidente da República declarou que “mudanças iriam ocorrer” na Petrobras e talvez em até outras estatais. Na sexta-feira (19), a Petrobras divulgou um Fato Relevante no fechamento dos mercados, formalizando a intenção do acionista majoritário (União Federal) de trocar o CEO da empresa.

Diante destes fatos, os analistas de mercado fizeram a seguinte leitura: I) a troca no comando da Petrobras pode comprometer a política de reajuste de preços do combustível e os preços podem estar/se manter defasados em relação ao mercado internacional; II) se os preços se mantém defasados, isso prejudica a saúde financeira da empresa e consequentemente eleva o custo do seu endividamento; III) as incertezas com relação ao futuro da política de preços da Petrobras ampliam os desafios que o câmbio desvalorizado e o aumento do preço do petróleo impõem à companhia; e IV) a reação do acionista majoritário (União Federal) de demitir o CEO da Petrobras colocou em dúvida a independência do Conselho da empresa. Há ainda que se considerar a ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros, e que a elevação no preço do combustível pressiona ainda mais a inflação, que acelerou nos últimos meses.

Com o cenário conturbado, todas as ações com controle estatal fecharam dia em forte queda, com destaque para Petrobras (PETR3/PETR4), cujas ações preferenciais (PETR4) caíram mais de 20% no dia. Essa apreensão com o cenário brasileiro aliada à percepção de um aumento do risco fiscal do país contribuiu para o recuo do principal índice do mercado acionário brasileiro, o Índice Bovespa (Ibovespa), que apresentou queda de 4,87% ontem.

É válido dizer que as oscilações do mercado do dia 22 foram uma reação natural do mercado acionário ao atual contexto, entretanto, investir em ações exige horizonte de longo prazo e o que é essencial para o investidor e para os Fundos que investem nas ações da Petrobras é analisar como a empresa irá superar os desafios de Governança, qual será seu posicionamento estrategicamente no longo prazo em relação ao gerenciamento da sua dívida, variação do câmbio, preço do barril de petróleo e venda de unidades de negócio. Em um passado não tão distante, a empresa já enfrentou outros desafios que impactaram na cotação de suas ações em alguma janela de tempo: greve dos caminhoneiros, rebaixamentos/upgrades de rating, problemas na aquisição da Refinaria de Pasadena nos EUA, troca de gestão, bruscas variações no preço do barril de petróleo. Todas essas adversidades foram vencidas pela empresa. Hoje (23), por exemplo, a ações da Petrobras estão sendo negociadas com alta superior a 7%.

Este movimento atual reforça a importância de que o investidor deve sempre aliar seu horizonte de investimentos com o tempo de maturação da estratégia da(s) empresa(s) na(s) qual(is) investe, especialmente quando se trata de uma companhia do tamanho e complexidade de Petrobras. Vale ainda destacar que, no caso dos investimentos em ações realizados por meio de Fundos, é papel do Gestor do Fundo estar o tempo todo atualizado em relação às análises e estimativas para as empresas investidas ou para as empresas que poderão vir a fazer parte do portfólio, determinando o melhor momento para comprar ou vender determinada ação.

Neste sentido, reforçamos que a equipe da Sicredi Asset e os gestores dos nossos Fundos de Ações distribuídos pelo Sicredi estão sempre atentos aos movimentos do mercado, em especial às tendências e estratégias de longo prazo, sempre observando os limites estabelecidos na Política de Investimentos de cada Fundo. É importante sempre ter em mente que os investimentos devem ser realizados obedecendo sempre o Perfil do Investidor e que as decisões de investir em renda variável não devem se pautar pelos movimentos de curto prazo ou por um pregão muito positivo ou negativo¹.

Roberto Rodrigues, CFP®

Investimentos e Previdência

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