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33ª Paixão de Cristo de Piracicaba terá inovações teatrais e áudio ao vivo

Tradicionalmente encenada na semana da Páscoa, a 33ª Paixão de Cristo de Piracicaba está prestes a estrear com novidades no formato que devem tornar a apresentação ainda mais viva para o público e elenco. O espetáculo mais popular da cidade, que está entre as maiores produções nacionais a céu aberto, acontece de 6 e 9 de abril (quinta-feira a domingo), às 20h, no Parque Engenho Central. Na Sexta-feira Santa haverá uma sessão extra, às 17h, totalizando cinco apresentações nesta temporada.

Nesta edição de 2023, Dagoberto Feliz será o diretor artístico e Marcella Vicentini é assistente de direção e preparadora corporal de elenco.

A venda dos ingressos para a arquibancada pode ser realizada online no site megabilheteria.com. O valor da arquibancada é R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia-entrada). Também serão vendidos ingressos diretamente na bilheteria do espetáculo, arquibancada e cadeiras numeradas, com abertura duas horas antes da apresentação.

A realização é conjunta entre Associação Cultural e Teatral Guarantã, Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural, Ministério da Cultura e Governo Federal: União e Reconstrução. Através da Lei de Incentivo à Cultura, o Patrocínio Master é do Magazine Luiza e Patrocínio da Caterpillar Brasil e Toyota Nippokar.

O orçamento arrecadado para 2023 foi de R$ 500 mil. O ano passado, cerca de 8.500 espectadores acompanharam a programação. Por isso, a expectativa é alta para esta edição. São esperadas no Parque Engenho Central até 2.500 pessoas por sessão. Conforme destaca a presidente da Associação Guarantã, Rosângela Pereira, a encenação passou por inúmeras dificuldades desde o final do ano passado. Mas a plateia poderá contar com novidades.

“Temos nos dedicado muito para a realização desta edição tão significativa para os cristãos, afinal, representa o último ano de Jesus fisicamente na terra. Passamos por muitos desafios, um medo constante de não conseguir apresentar a montagem em 2023. Mas estamos neste processo difícil que irá terminar com a ressurreição do nosso espetáculo. Queremos, portanto, deixar o convite para que o público prestigie a 33ª Paixão de Cristo. Teremos novidades importantes em prol da encenação, mas que estão nos dando frio na barriga. Por isso, precisamos do apoio, energias positivas e orações dos piracicabanos que amam esta história e o que ela significa, bem como daqueles que amam o teatro da nossa cidade”.

As inovações de 2023 são propostas de Dagoberto Feliz para tornar o espetáculo mais “orgânico”. Para isso, a ideia do diretor foi tirar o som gravado. Deste modo, os atores usarão microfones para expressar as falas dos personagens. Porém, as inovações não terminam aí. Dagoberto, carinhosamente chamado de Dago pelos atores e parceiros de trabalho, afirmou que está trazendo para a Paixão de Cristo um pouco da sua longa experiência com teatro de grupo.

“Quando o Guarantã entrou em contato comigo, através da Rosângela Pereira, a proposta era focar no trabalho com os atores e atrizes. Eu já havia dirigido o espetáculo em 2005, em um outro contexto histórico e realidade. Neste ano não teríamos a possibilidade de desenvolver os workshops, devido a contenção de recursos, então a ideia era que eu trabalhasse também nesta preparação de elenco. Cheguei com esta demanda e querendo primeiramente conhecer as pessoas. Não sabia muito o que iria acontecer. Ao longo dos ensaios foram surgindo algumas ideias que estarão na encenação”.

Apesar de parecer simples, a questão do uso de gravação foi sempre uma alternativa técnica para tornar o som mais nítido à plateia. Pois o vento, o arfar dos atores e mesmo outros problemas com equipamentos poderiam arruinar a apresentação. Conversando com profissionais da área, neste ano a equipe sentiu-se confiante de fazer a tentativa do texto sendo dito ao vivo, mas com algumas adaptações, para não comprometer a qualidade.

“Sempre me incomodou ter todo o texto gravado, mas essa era a possibilidade técnica possível. Conversando com o Guarantã e o pessoal do som, propusemos esse novo formato com o elenco principal: teremos sempre um ator ou atriz dublando e outro(a) fazendo a cena. Em cada dia de apresentação uma dupla cumprirá uma determinada função. Ou seja, quem fez a voz na noite anterior, será o corpo do personagem no dia seguinte e vice-versa”.

Os atores que estiverem fazendo a dublagem deverão ficar em um espaço dedicado a isso, à vista do público. A exceção são os personagens de Cristo e Verônica, além das três narradoras que serão novidade nesta edição. Isso porque as locutoras serão fixas, enquanto que as duplas de atores responsáveis por Cristo e Verônica trocarão entre si os momentos como voz e corpo, em todas as sessões.

“A ideia é haver uma brincadeira, um jogo entre as duas pessoas que interpretam o mesmo personagem. Outra vantagem deste formato é fazer com que os atores estejam mais presentes em cena. Com as gravações nós perdíamos muitas coisas que aconteciam a partir da experiência no espaço. De um certo modo, esta forma facilita a vida”.

Este tipo de encenação, conforme confirma Dagoberto, faz parte de um estilo de teatro bastante conhecido no universo das artes cênicas. “É um estilo chamado teatro épico narrativo, também considerado metateatral, pois busca não enganar o público. Todos sabem que o que está acontecendo é um teatro. Convidamos, deste modo, quem assiste a entrar nesta brincadeira”.

A encenação de teatro épico narrativo concentra-se no papel dos atores contando uma história, para além da interpretação de um personagem dramático. Deste modo, quem interpreta não é o fundamental, o mais importante é a narrativa. “Através de exercícios cênicos fomos conhecendo e elenco e assim definimos quem faria os personagens. Nunca buscamos um perfil. Tanto que as duas Marias são diferentes, os Jesuses também, as Madalenas e quase todos os atores que fazem duplas diferem muito entre si”.

Um exemplo da dinâmica de seleção para as personagens é o de Hortência de Souza, que, apesar de muitos anos fazendo a Paixão de Cristo, irá interpretar pela primeira vez o maior vilão da história. “A Dona Hortência pode ser considerada uma estrutura da Paixão de Cristo e do Guarantã. Neste ano, propus para ela fazer o Satanás, junto com a Bêne Giangrossi, uma referência teatral na cidade. A partir do que imaginamos para a cena, só ela teria a propriedade de falar algumas coisas com a potência que queríamos”.

Apesar de grandes as novidades em relação ao formato da encenação, o roteiro da 33ª Paixão de Cristo deve manter suas raízes. “Tem uma coisa muito interessante do texto do ano passado, feito pelo Marcos Tadeu, que são as cenas curtas. Esse tipo de narrativa provoca um movimento na dramaturgia, um ritmo interessante, contemplando o que é essencial e entregando a história para a próxima cena. O Marcos foi muito esperto e eu ‘roubei’ isso da sua dramaturgia. Mas, como sou dos antigos, mantive alguns textos clássicos, como “O Mártir do Calvário”, do dramaturgo português Eduardo Garrido, escrito em 1902, bem como algumas passagens importantes da história”.

Já os textos que serão falados pelas narradoras, construídos para o espetáculo de 2023, contaram com a contribuição do dramaturgo Denilson Oliveira.

“Não tenho condições de avaliar o que a plateia irá achar. Eu espero que seja uma experiência muito legal para todos. Buscamos preservar a história, que é muito conhecida e respeitada, mas esse será com o jeito da trupe de 2023 da Paixão de Cristo de contar. Uma grande diretora teatral de Campinas, a Tiche Vianna, diz que o teatro é o encontro com o público. Somente no momento deste contato é que a gente vai entender o quanto esse encontro é poderoso ou não, se acontece alguma conexão. Me parece que isso irá acontecer, mas precisamos esperar para ver”, destacou Dago.

Na opinião do diretor, a Paixão de Cristo de Piracicaba não é um lugar de experimentação. Ele considera que a montagem tem função social, comunitária e cultural. Portanto, diversas vozes estão sendo ouvidas e consideradas na construção dessa experiência que começará para o público no dia 6 de abril.

Atores que fazem Jesus falam sobre emoção e expectativas para esta edição

Entre as novidades da 33ª edição da Paixão de Cristo de Piracicaba está a atuação em duplas para a grande parte dos papéis protagonistas. A ideia do diretor Dagoberto Feliz é tornar o espetáculo mais vivo e orgânico, com voz ao vivo. Deste modo, enquanto um ator assume o microfone e a locução das falas, o outro encena a situação.

Com isso, neste ano serão seis atores interpretando Jesus: uma dupla de crianças, uma dupla de jovens e, por fim, uma dupla de adultos.

A infância do menino Jesus será interpretada pelas irmãs Adriana Santos Sousa e Laura Santos Sousa. Uma curiosidade sobre as atrizes mirins é que seus pais se conheceram fazendo a Paixão de Cristo e até hoje participam da montagem.

A fase juvenil de Jesus será dividida por Pedro Dini Vitor Alexandre Almeida. Enquanto Jesus adulto será interpretado pela dupla de atores estreantes na Paixão de CristoAdalmir Martins Alves e Paulo Henrique Antônio. A eles cabe interpretar as cenas mais marcantes do protagonista. A motivação de ambos é poder contar e fazer parte da história do espetáculo mais popular de Piracicaba.

Adalmir entrou para o universo teatral nos últimos anos. Conheceu a Associação Guarantã durante a Mostra Estudantil, quando levou seus alunos de um projeto de aula eletiva para se apresentarem no local. Depois disso, no momento que ficou sabendo da abertura de vagas para o elenco, decidiu se inscrever.

Já Paulo Henrique teve seu primeiro contato com o teatro em 2014. Após uma pausa, voltou ao mundo das artes em 2020. Neste ano, faz sua estreia como Jesus. “Eu quis participar primeiramente pela tradição da montagem, mas igualmente porque praticamente todos os atores da cidade relatam ter participado pelo menos uma vez da encenação. Quero também poder vivenciar a experiência de fazer parte de um espetáculo tão grandioso como é a Paixão de Cristo de Piracicaba”.

O ator afirmou que os ensaios estão sendo momentos de enorme aprendizado. “É bem diferente do que já vivi, bastante desafiador. Está sendo uma escola constante, pois há muito conhecimento sendo compartilhado, em especial de pessoas mais antigas na Paixão de Cristo e que colaboram muito com o nosso processo”.

Adalmir também destacou a importância do contato com profissionais experientes. “Os ensaios têm sido grandes aulas, onde vamos tendo visões que fazem cair algumas fichas. Além disso, contamos com a orientação de um diretor renomado”. Em relação a proposta de encenação, o ator afirmou que seu foco está em entender e fazer com que o público entenda o sentido das palavras de Cristo.

“As trocas de personagens que iremos fazer durante a encenação tem como uma de suas propostas fazer com que as pessoas prestem mais atenção ao texto, entendam o sentido das palavras ditas naquele tempo e local, que era dominado por reis, escravos e poderosos religiosos e políticos. Todos já conhecem a história, por isso, a provocação do Dago é fazer com que sintamos onde aquelas palavras reverberam na gente como ator. Precisamos compreender antes de querer fazer com que as pessoas entendam isso”, disse Adalmir.

A expectativa de Paulo Henrique é que as pessoas apreciem a proposta de 2023. “Queremos entregar um espetáculo lindo, que Piracicaba merece, que mantenha a tradição e faça ela continuar viva”.

Personagens de destaque – Neste ano, interpretam a Maria criança, as atrizes Mariana Caldeira da Silva e Franciele dos Santos Viana; já Maria adulta serão vividas por Daniela Tonin e Lívia Foltran Spada. Já as narradoras serão Lais Dal PogetoKelly Cristina Aguiar Jhullia Matos.

Ao todo, foram selecionados 40 atores para os personagens de destaque. A lista completa é composta por: Adalmir Martins Alves, Aline Neves, Ana Cristina da Silva Roston, Bêne Giangrossi, Cirilo Brancalion Camargo, Claudia  Renata Novolette, Cleuza Simonato de Aguiar, Cynthia da Rocha, Daniela Tonin, Deiwson Jean de Sousa, Elson de Belém, Franciele dos Santos Viana, Francilene Santos Oliveira, Guilherme Casadei Sabino, Jhullia Matos, Junior Dias, Kelly Cristina Aguiar, Laércio Baraldi, Laís Dal Pogetto, Laís Vetoreti, Letícia Alves, Lívia Foltran Spada, Luís Felipe Almeida, Luiz Henrique M. da Cunha, Magna Eliez, Marcelo L. Torrezan, Maria Eduarda Fernandez, Mariana Caldeira da Silva, Mauricio Siqueira Petruccelli, Michelly Pereira Macedo, Milton Bortoletto, Paulo Henrique Antonio, Pedro Dini G. P. Bette, Rafael Alexandre, Rafael Luis Medrado, Samuel Zanatta, Tales Uski, Vinícius Valentin Alves de Oliveira, Vitor Alexandre Almeida e Viviane Pereira de Souza.

Preparação dos atores: espaço, tempo e movimento

Para embarcar em uma nova experiência teatral, proposta pelo diretor Dagoberto Feliz à 33ª Paixão de Cristo de Piracicaba, muito tem-se investido neste ano na preparação do elenco.

Parceira há muitos anos do diretor, Marcella Vicentini assumiu o compromisso de ser a preparadora corporal dos atores e atrizes e assistente de direção. Nesta jornada, ela compartilha seu conhecimento com a técnica Viewpoints.

A Viewpoints foi criada originalmente por Mary Overlie, na década de 1970, e desenvolvida pelas diretoras Anne Bogart Tina Landau. A técnica de composição de dança e teatro atua como um meio para pensar e agir sobre o movimento, o tempo, o gesto e o espaço criativo.

“É um sistema que consiste, entre outras coisas, na improvisação. Nós treinamos o Viewpoints para que os atores e atrizes tenham ferramentas físicas para trabalhar na peça. É uma técnica que melhora a relação com o espaço, ajuda a construir imagens, contempla a coletividade, constrói um vocabulário gestual e que nos ajuda na comunicação. Oferece ainda autonomia para o elenco, um ponto chave da filosofia do Viewpoints. Isso é algo que o Dago sempre busca como diretor, ou seja, o papel ativo do elenco. Dessa forma, a criação não é algo que as pessoas precisam se encaixar, mas parte daquilo que elas trazem”, afirmou a profissional.

Na prática, a Viewpoints consiste em exercícios de jogos de improviso. As imagens que são formadas podem ou não serem selecionadas pelo diretor para entrar no espetáculo, de acordo com a sua visão para a encenação.

De acordo com Marcella, existem alguns grandes desafios na Paixão de Cristo. “O espaço de atuação é muito grande, além disso, temos um coro que ensaia apenas uma vez por semana (atores coadjuvantes que fazem o povo). Mas apesar deles não estarem presentes nos encontros do elenco principal, é importantíssimo que também tenham conhecimento dos fundamentos do Viewpoints, para que entendam o que estamos fazendo e também trabalhem em coletividade”.

Fazendo dos limões uma limonada – Outra característica única, que poderia ser um problema em outros tipos de produções teatrais, é a versatilidade do grupo que integra o elenco. “São experiências muito diversas, assim como as faixas etárias. Assim, temos corpos diferentes fazendo os exercícios e lidando à sua maneira com eles. O que, na verdade, é muito bom para o que estamos buscando fazer. Queremos realmente aquilo que os indivíduos, a partir de suas peculiaridades, podem oferecer”.

Marcella ainda destacou um dos pontos que mais lhe encantam sobre a Paixão de Cristo: a relação construída com a população. “Estamos lidando com um espetáculo que existe há muitos anos. Várias pessoas envelheceram junto com a montagem. Algumas delas não fazem teatro, mas podemos dizer que são formadas na Paixão de Cristo. Eu desconhecia essa realidade e achei muito bonito. Só quando mergulhamos no processo é que entendemos o quanto a montagem vai além da história que é contada, sendo muito importante também para a cena cultural”.

Os ensaios da 33ª Paixão de Cristo de Piracicaba continuam acontecendo até a estreia da encenação. Às sextas e sábados, encontram-se os 40 atores e atrizes protagonistas da edição, na sede da Guarantã; e aos domingos, no Parque Engenho Central, reúnem-se as 150 pessoas que integram o elenco total.

REALIZAÇÃO: Grupo Guarantã, Prefeitura de Piracicaba, Ministério da Cultura e Governo Federal: União e Reconstrução.

Lei de Incentivo à Cultura.

Patrocínio Master:  Magazine Luiza.

Patrocínio: Caterpillar Brasil e Toyota Nippokar.

SERVIÇO

33ª Paixão de Cristo de Piracicaba

Quando: de 6 a 9 de abril, às 20h; e Sexta-feira Santa (dia 7), também às 17h (sessão extra).

Local: Parque Engenho Central (av. Dr. Maurice Allain, 454 – Vila Rezende)

Ingressos online para arquibancada: https://megabilheteria.com/evento/temporada?id=20230323145730 /

Links curtos:  l1nq.com/mu9OO / https://abre.ai/f1kj

Valor dos ingressos para arquibancada: R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia-entrada: estudantes, idosos, professores, PCDs e crianças até 12 anos).

Informações: www.guaranta.org.br

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