Falar sobre comportamento, sociedade e relações humanas sempre esteve no centro do meu trabalho — primeiro como jornalista, agora também como colunista social digital. Por isso, o convite para integrar a coordenação do grupo Flor de Lótus, feito por sua idealizadora Regiane Christofoletti, chegou como um gesto simbólico e potente: mais do que uma nova função, foi o reconhecimento de algo que já florescia em mim há algum tempo.
Com apoio do Sicredi Dexis, o grupo nasceu como um espaço de troca, escuta e inspiração. Em tempos marcados pela pressa, pela superexposição e pela superficialidade nas relações, o Flor de Lótus propõe o contrário: desacelerar para enxergar o outro — e a nós mesmos — com mais presença, mais cuidado, mais profundidade.
Assumir essa nova posição como coordenador é também ampliar o escopo de um jornalismo que, para mim, sempre foi sobre pessoas. Histórias reais, movimentos que inspiram, conexões que transformam: é nisso que acredito. Porque a cidade pulsa para além dos fatos objetivos. Ela vive nas subjetividades, nos afetos, nos encontros improváveis que mudam trajetórias.
Nosso desafio, agora, é manter esse espaço vivo, plural e significativo. Que ele siga sendo solo fértil para ideias, escutas e afetos — mesmo quando o mundo lá fora parecer árido. Porque, no fim das contas, o que floresce da escuta sincera tem força para transformar muito mais do que o entorno: transforma, primeiro, em nós mesmos.