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Competição Fórmula SAE BRASIL 2022 volta a ser presencial e tem 63 equipes inscritas

Mais de mil estudantes que representam 50 universidades de 11 Estados brasileiros e Distrito Federal estão inscritos na 18ª Competição Fórmula SAE BRASIL-TotalEnergies, que terá sua primeira edição presencial após dois anos no formato virtual em razão da pandemia da Covid-19.

Os carros, do tipo Fórmula (52 a combustão e 25 elétricos), são projetados e construídos pelos estudantes sob a orientação de professores, e preparados para disputar provas estáticas e dinâmicas.

Os alunos são também responsáveis pela viabilidade econômica do projeto e organização da equipe para a conclusão do protótipo, e aquelas obtiverem as melhores pontuações na etapa brasileira poderão representar o Brasil na competição mundial, promovida nos Estados Unidos pela SAE International.

Segundo Renato Kazuo, diretor geral do Comitê Técnico da competição, o regulamento está mais flexível em 2022 por causa dos efeitos da pandemia no desenvolvimento dos projetos. Deixará por exemplo de aplicar penalidade para carros de segundo uso e também permitirá que as equipes participem apenas com o projeto, sem o carro físico. “Resolvemos focar na reconstrução da dinâmica do conhecimento interrompida pela pandemia. Os alunos que participaram presencialmente em 2019 se formaram e os que estão chegando não têm histórico da prática do aprendizado em sala de aula”, aponta o engenheiro.

Cases

Capibarib-E Racing (PE) – Oitavo lugar no computo geral da virtual 17ª edição da Fórmula SAE BRASIL, a novata Capibarib-E Racing, da Universidade Federal de Pernambuco, faz sua estreia em competições presenciais em 2022 e está entre as equipes que participarão só com o projeto. “O carro está em construção e, por sermos uma equipe nova e ter a pandemia no meio do processo, não conseguiremos apresentar o carro este ano”, diz a capitã da equipe, Alane Vieira Gomes, 22 anos, 10º período de Engenharia Mecânica. O projeto que materializará o primeiro carro da Capibarib-E Racing combina conceitos de eficiência comprovada na experiência de outros competidores, adaptados à realidade da própria equipe. “Diria que o ponto forte do carro é a força de vontade em construir um carro do zero e com pouco orçamento” destaca Alane.

Fórmula UFSC (SC) – A veterana Fórmula UFSC, uma das três equipes da Universidade Federal de Santa Catarina a se inscrever na competição, começou a trabalhar o projeto em 2020, mas conseguiu finalizar a construção do novo carro somente em abril deste ano. Com motor a combustão XT660R sem diferencial, característica apontada como pontos fortes do carro, as principais diretrizes de projeto são alta performance, manufaturabilidade, mantenabilidade e confiabilidade. “Descreveríamos nosso projeto como minimalista, pois no carro há apenas o necessário”, define Francisco Hickel Gamba, 21 anos, aluno do curso de Engenharia Mecânica, capitão da equipe. Segundo ele a prioridade foi dada à performance com um motor bem equalizado que entrega alto desempenho, e também à dinâmica, adaptada para dar agilidade nas curvas, mesmo sem o uso do diferencial.

FSAE Unicamp (Campinas-SP) – Para João Roberto Tatagiba Luz, 19 anos, estudante do 5º semestre de Engenharia Mecânica e capitão da equipe FSAE Unicamp, da Universidade Estadual de Campinas (SP), campeã na categoria combustão em 2019, o maior desafio para a viabilidade do projeto foi a queda de investimentos na equipe neste retorno à competição presencial após dois anos de isolamento pela pandemia. “Isso dificultou a execução do planejamento em vista dos gastos intensivos de um período de testes e também da manufatura do protótipo” destaca. Caracterizado como “Second Year Car” o protótipo construído pela FSAE Unicamp exibe projetos de melhoria da confiabilidade. A equipe começou a trabalhar em novembro de 2021, e o contato com o protótipo físico só foi possível em janeiro de 2022. Entre as principais inovações do protótipo se destacam a bomba elétrica, a primeira aplicada no Brasil, para melhoria do arrefecimento, chassi de aço nióbio para reduzir a massa e shifter eletromecânico para menor tempo em troca de marcha. No pacote aerodinâmico, mudança dos perfis, adição do flap invertido, alteração da asa dianteira, e fixações da asa traseira.

FEB Racing (Bauru-SP) – A FEB Racing, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP Bauru) conseguiu usar o período da pandemia para desenvolver um projeto novo e garantir a confiabilidade do protótipo. Adotou um pacote aerodinâmico composto por side pods (dispositivos laterais dos F1 que servem de equilíbrio no fluxo de ar entre a dianteira e traseira) e um motor mais potente. Desenvolveu manufatura de diversos componentes em fibra de carbono e um projeto próprio de quick shifter (aprimora a troca de marchas). Para Fernando Carvalho Lauria, 21, aluno do 9º semestre de Engenharia Mecânica, e capitão da FEB Racing, os pontos fortes do protótipo derivam de um projeto focado na robustez do carro e de seu potente motor. Entre as principais inovações tecnológicas do veículo, Fernando destaca o painel digital com informações do carro no volante, para que o piloto identifique problemas durante as provas e conheça melhor as condições do carro.

Scuderia UFABC (ABC-SP) – Em sua terceira experiência na Fórmula SAE a Scuderia UFABC, da Universidade Federal do ABC (região metropolitana de São Paulo) se inscreveu com um projeto novo, concebido depois da última participação em 2019. O desenvolvimento do protótipo a combustão se deu majoritariamente nos últimos dois anos e a fase de construção se estendeu a 2022. Criado a partir de um modelo anterior e aperfeiçoado, o projeto tem por diferencial o uso de impressão 3D em diversas peças, o que melhorou a relação custo-benefício, reduziu o peso e aumentou a fidelidade ao modelo criado. “A principal meta para esse projeto foi confiabilidade”, afirma a capitã Leticia Cipriano de Siqueira, 25 anos, aluna do último semestre do curso de Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica.

 Apesar da dificuldade que a equipe enfrenta este ano, como os altos custos da manufatura e a disponibilidade dos membros da equipe em conciliar as tarefas da competição com a vida acadêmica e profissional, Letícia reforça a importância do projeto Fórmula para a carreira que abraçará. “No Fórmula adquirimos e aplicamos habilidades  técnicas e comportamentais com intensidade única ainda na universidade, é a oportunidade que temos de lidar com problemas e soluções reais, somos motivados por uma junção de desafios pessoais, sentimento de coletividade e amor pelo projeto”, afirma a estudante.

Carros – Os carros Fórmula SAE a combustão têm motores de quatro tempos e capacidade volumétrica máxima de 710 cm³. Os elétricos são alimentados a partir de baterias de até 600 volts, com autonomia de pelo menos 22 km e potência para alcançar velocidade superior a 100 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 3.7s. Na competição, a recarga das baterias é realizada em carga lenta, em área com alto nível de segurança.

História – Os carros Fórmula SAE surgiram nos Estados Unidos, em 1981. Além do Brasil e dos Estados Unidos, as competições de veículos a combustão são realizadas na Alemanha, Austrália, Áustria, Espanha, Hungria, Inglaterra, Itália e Japão. O Brasil ingressou no circuito em 2004, com o objetivo de fomentar nos estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia a especialização técnica em veículos de alto desempenho, de acordo com as regras definidas pela SAE International. As competições de veículos na categoria elétrica são realizadas na Alemanha, Austrália, Inglaterra e Itália, além do Brasil e Estados Unidos.

“Os programas estudantis da SAE BRASIL atuam na construção de futuros profissionais mais preparados para as novas demandas de mercado e estimulam os jovens à carreira de engenharia com desafios muito além do conhecimento acadêmico adquirido em sala de aula”, destaca Camilo Adas, presidente do conselho da SAE BRASIL.

18ª Competição Fórmula SAE BRASIL-TotalEnergies

De 10 a 14 de Agosto

Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA)

Rodovia SP, 135, Km 13,5 – Tupi, Piracicaba/SP

PROGRAMAÇÃO

Quarta Feira 10/08

  • Check in, inscrições das equipes e distribuição dos boxes

Quinta feira 11/08

  • Prova de Segurança 8h às 17h
  • Cerimônia de abertura 17h

Sexta feira 12/08

  • Prova de Segurança 8h às 17h
  • Prova de Custos e Manufatura 9h às 17h
  • Prova de Design e Projeto 9h às 17h
  • Liberação de Hot Zone para teste de protótipos aprovados em segurança

Sábado 13/08

  • Prova de Segurança 8h às 17h
  • Prova de Business (apresentação viabilidade econômica de projeto) 9h às 17h
  • Prova Dinâmica (Skid Pad e Aceleração) 8h às 12h
  • Prova Dinâmica (AutoCross) 13h às 17h
  • Prova final de Design e Projeto 17h às 19h

Domingo 14/08

  • Prova Dinâmica (Enduro e eficiência Energética) 9h às 15h
  • Premiação e encerramento 16h

Serviço

O ECPA fica localizado na Rodovia SP 135 Km 13,5 – Tupi/Piracicaba. O local possui lanchonete, restaurante, estacionamento, arquibancadas e sanitários. Mais informações pelo whatsapp (19) 974037683, instagram @ecpabrasil e facebook @ecpabrasil

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