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Transexualidade é tema do primeiro livro do dramaturgo piracicabano Marcelo Oriani

“Peça feita para duas pessoas que, por dentro, são uma multidão”. Com essa frase, o dramaturgo piracicabano Marcelo Oriani inicia seu livro B( )NECA RUSSA.doc. Jogando luz no tema da transexualidade, o autor mergulha em uma narrativa sobre invisibilidade, preconceito e os diversos tipos de violência contra pessoas trans. A obra está sendo publicada pela Editora Urutau e pode ser adquirida em versão digital ou física no site editoraurutau.com.

B(  )NECA RUSSA.doc surge a partir da constatação de que há, dentro da sigla LGBTQIA+, um segmento muito mais vulnerável que os demais,  as pesso-as Ts: travestis, transexuais ou transgêneros. Segundo Oriani, a travestilidade é um estigma é impossível ser escondida. “Por causa disso, as pessoas Ts são muito mais vulneráveis a preconceitos. É importante lembrar que falar de preconceitos, no que diz respeito a pessoas trans, ainda é falar de violência. Seja esta de cunho físico, psicológico ou verbal. Pessoas trans ainda não têm direito à vida numa sociedade que inviabiliza a sua existência no que diz respeito a questões jurídicas, sociais e afetivas, podendo, inclusive, ser considerado como um desejo social de eliminação da existência trans com a conivência do Estado brasileiro”.

B( )NECA RUSSA.doc dá continuidade a um processo de pesquisa sobre a violência contra pessoas LGBTQIA+ iniciado por Oriani com a escrita e montagem da peça Réquiem, em 2016. A obra debruçava-se sobre a homofobia para discutir questões referentes à criminalização.

Finalista do Prêmio Funarte de Dramaturgia (2018) e contemplado pelo Prêmio Literário Cidade de Manaus, na categoria Teatro Adulto (2019), B( )NECA RUSSA.doc baseia-se em depoimentos de diversas pessoas para, como o próprio autor admite na obra, contar verdades inclusive com mentiras.

Essas narrativas foram coletadas durante o processo de construção de uma montagem teatral contemplada pelo ProAc Espetáculos Inéditos de 2019. Todavia, a peça precisou ser reformulada para o modelo remoto devido a pandemia da Covid-19.  Oriani decidiu não participar da adaptação, mas sim tornar sua obra mais perene. “Uma peça morre quando morre todo mundo que fez e que assistiu aquela peça. Um livro, não. Nesse sentido, acho que toda peça publicada flerta um pouco com a eternidade”.

O livro conta com três cenas a mais que o espetáculo, tem o prefácio assinado pela dramaturga Solange Dias e é dividido em 7 capítulos/atos, que representam cada um deles uma matrioska (boneca russa). A história começa com a chegada da filha na casa mãe, depois de um longo período afastadas. Entretanto, ao longo das páginas, as personagens vão trocando de papéis e virando novas figuras, como um religioso, o pai, o vizinho e até mesmo GPS.

“Eu não queria incorrer no mesmo erro de peças que abordam a temática trans, colocando essas pessoas sempre representando elas mesmas. Não podemos esquecer que antes de serem trans, essas pessoas são atrizes e atores. Então, eu quis explorar uma estrutura em que essas pessoas pudessem fugir delas mesmas. Pudessem ser outras. Muitas outras. Porque o mais legal do teatro é a alteridade”.

 

Transfobia – Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foram contabilizados 140 assassinatos de pessoas trans em 2021. Estes dados são os responsáveis por tornar o Brasil o país que mais mata pessoas trans no mundo, ao mesmo tempo em que é também um dos países que mais consome pornografia trans em sites pornôs.

Na maior parte dos crimes (85%), os assassinatos são apresentados com uso excessivo de violência como corpos gravemente mutilados e decepados, incinerados, esquartejados, objetos pontiagudos introduzidos no ânus das vítimas e outras formas brutais de violência, o que denota o ódio presente nos crimes. Essa exacerbação da violência indica que não basta simplesmente matar. É preciso também eliminar toda e qualquer possibilidade de existência e humanidade nessas pessoas.

Os crimes são cometidos, predominantemente, contra pessoas trans do gênero feminino.

Acredita-se, contudo, que a estimativa de mortes de pessoas trans seja muito maior do que as contabilizadas nas pesquisas. Isso ocorre porque não há uma política de respeito ao uso do nome social pela polícia nos boletins de ocorrência, o que dificulta ainda mais a contabilização dos casos, já que a vítima em questão é registrada, muitas vezes, com o gênero oposto ao qual se identifica.

Também é proibido aprender sobre pessoas LGBTQIA+ nas escolas. E isso acaba se tornando um dos principais agravantes que contribui – de maneira indireta – para a transfobia. Porque ensinando que não se pode falar, está se ensinando que é errado e que, com isso, essas pessoas não deveriam existir.

 

SERVIÇO

Livro B( )NECA RUSSA.doc, de Marcelo Oriani

Disponível nas versões digital e física:

https://editoraurutau.com/titulo/b-neca-russa-doc

Mais informações: www.instagram.com/marcelooriani/

Para falar com o autor: (19)98174-9178

 

SINOPSE

B( )NECA RUSSA.doc visa dar continuidade a um processo de pesquisa sobre a violência contra pessoas LGBTQIA+ realizado pelo dramaturgo piracicabano Marcelo Oriani. A dramaturgia se utiliza do hibridismo de linguagem (um manual de instruções, um percurso de GPS, um roteiro técnico de cinema, postagens do Twitter, entre outras formas contemporâneas) para debruçar-se sobre a transfobia e estimular uma produção de respeito e desestigmatização de pessoas trans, uma vez que só a criminalização da LGBTfobia não é capaz de reduzir significativamente a transfobia.

Para isso, se apropria da estrutura das matrioskas – série de bonecas tiradas umas de dentro das outras – e da parábola do filho pródigo para se problematizar a transfobia no âmbito privado que, por meio de uma plano-sequência, cria tempos-espaços distintos em que os atores tornam-se múltiplas personas para espelhar outras camadas de opressão/invisibilidade existentes no discurso público e privado do universo trans.

 

SOBRE O AUTOR

Marcelo Oriani é dramaturgo, roteirista e ator. Nasceu em Piracicaba e mora em São Paulo desde 2012. Atua como dramaturgo da Cia. do Voo; Cia. Façamos Assim; e do Coletivo QuatroCincoUm. Também é roteirista da produtora Beija-flor Filmes.

É formado em Artes Cênicas (Senac); Rádio e TV (Unimep); Humor e Dramaturgia, pela SP Escola de Teatro. Entre 2013 e 2014, integrou o Núcleo de Dramaturgia da ELT (Escola Livre de Teatro), em Santo André, sob a coordenação de Claudia Schapira e Solange Dias, respectivamente.

Como ator, atuou nas peças “As Bruxas de Salém” (2009); “Dá Licença Que Eu Vou Contá” (2008) e “Assim É, Se Lhe Parece” (2007). Também integrou a CETA (Companhia Estável de Teatro Amador de Piracicaba) como ator convidado, participando da montagem dos espetáculos “O Ferreiro e a Morte” (2009) e “Beira-Rio” (2010).

É autor das peças “Requiem” (dir. Amanda Stahl, 2015), texto selecionado para uma leitura pública pelo projeto SP Dramaturgias da SP Escola de Teatro e contemplado pelo ProAc de Promoção das Manifestações Culturais com Temática LGBTQIA+, na qual também atuou e circulou pelo interior paulista; “Eu Matei Minha Mãe” (2017), texto selecionado para uma leitura pública realizada pelo coletivo Maldito Dramaturgos!; “Kaputt, Poema Performativo Para Atrizes-Jogadoras” (dir. Tom Rezende, 2019), montada pela Cia. do Voo, com estreia e temporada no Teatro de Contêiner; “Boneca Russa.doc” (dir. Amanda Stahl e Dani Veiga, 2018), texto finalista do Prêmio Funarte de Dramaturgia e contemplado pelo Prêmio de Literatura Cidade Manaus na categoria Teatro Adulto e pelo ProAc de Produção e Temporada de Espetáculos Inéditos de Teatro (2019) e publicado pela editora Urutau (2022); “Abraço: Modo de Usar” (dir. Nelson Baskerville, 2020), texto selecionado para integrar o Festival “Peças de Um Minuto”, dos Parlapatões e, posteriormente, publicado no livro homônimo pela ed. Giostri (2020); e “Porco-Espinho” (dir. Hugo faz, 2021), peça-metragem selecionada para integrar o 6º DIGO (Festival Internacional de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás) e contemplada pelo Prêmio QualiCult na categoria Monólogos.

Também é roteirista do curta-metragem “Bicha-Bomba” (dir. Renan de Cillo, 2019), curta selecionado para integrar XXI Festival do Rio (Rio de Janeiro Int’l Film Festival) e contemplado com os prêmios de melhor roteiro no III ROTA (Festival do Roteiro Audiovisual) e na XVIII MAUAL (Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina).

 

ENTREVISTA COM O AUTOR

1 – VOCÊ JÁ ESCREVEU DIVERSOS TEXTOS. B( )NECA RUSSA É BASEADO EM DEPOIMENTOS. COMO COSTUMA SER SEU PROCESSO DE CRIAÇÃO?

É sempre caótico. E eu sempre começo achando que eu não vou dar conta. Eu poderia dizer que é super gostoso e legal. Mas acho que a gente tem que começar a desmistificar a escrita. Escrever é chato. E sofrido. Porque você está o tempo inteiro lidando com o fracasso eminente de não saber se vai conseguir escrever. Ter escrito é mais legal. E prazeroso. Porque aí você está lidando o sucesso de ter conseguido escrever. Mas o processo de escrita, em si, é sempre o mesmo: eu me entupo de referências teóricas, estéticas e temáticas, e depois ‘vomito’. Todo processo de escrita é também um processo de regurgitação. O material final é uma reelaboração das muitas referências com as quais eu fui me alimentando durante o processo de pesquisa.

 

2 – O ESPETÁCULO CHEGOU A SER ENCENADO. COMO FOI ESSA MONTAGEM (ONDE FOI APRESENTADA, SE HOUVE MAIS DE UMA ENCENAÇÃO, SE FOI MONTADO TOTALMENTE A PARTIR DO TEXTO, SE TEVE ALGUM PROCESSO DE COLABORAÇÃO)?

A montagem faz parte da contrapartida do ProAc de Espetáculos Inéditos de 2019. A ideia, inicialmente, era circular com a peça por seis cidades do interior paulista, entre as quais estava incluída Piracicaba. Só que aí veio a pandemia e tudo mudou. A montagem foi realizada de maneira remota. E o texto sofreu muitas adaptações porque foi pensado, a princípio, para o teatro presencial. Eu optei por não participar da adaptação, nem acompanhar os ensaios. Principalmente por entender que toda dramaturgia é um esqueleto. Uma literatura incompleta. É um monte de palavra que quer virar corpo. E a função do autor acaba a partir do momento que ele finaliza a escrita. Daquele instante em diante, a dramaturgia precisa do corpo de outras pessoas para poder acontecer. Precisa do corpo dos atores, do corpo do público, do corpo de toda equipe criadora. Mas não precisava mais do meu.

 

3 – O QUE TE MOTIVOU A TRANSFORMAR ESTE MATERIAL EM UM LIVRO?

O medo de morrer (risos). Eu sou hipocondríaco, então a possibilidade de virar livro e viver para sempre é como se fosse o elixir da vida eterna. Brincadeiras à parte, mas eu acho que é justamente a possibilidade de ampliar a discussão que a encenação da peça, por estar restringida a uma localidade específica, não dá conta. É mais barato para um livro chegar no Pará do que uma peça com dois atores, três técnicos e dois diretores. Entende? Além disso, a perenidade de uma peça é muito inferior à sua publicação. Uma peça morre quando morre todo mundo que fez e que assistiu aquela peça. Um livro, não. Nesse sentido, acho que toda peça publicada flerta um pouco com a eternidade.

 

4 – TEM ALGO DIFERENTE DO QUE FOI PARA A CENA E O QUE VOCÊ RESOLVEU DEIXAR NO LIVRO?

Há, no livro, três cenas que foram excluídas durante o processo de montagem da peça porque a encenação e a atuação julgaram não serem propícias para as circunstâncias em que a peça foi apresentada. Essas cenas foram excluídas ou porque possuem uma violência exacerbada que os atores não estavam dispostos a lidar naquele momento (o que é super compreensível!) ou porque possuem dispositivos cênicos que ficavam despotencializados pelo teatro online. Decidi incluir na publicação para que as pessoas tenham acesso à elas e tirem suas próprias conclusões.

 

5 – O TEXTO ABORDA DESDE PASSAGENS BÍBLICAS A “FALAS” QUE COLOCAM TUDO O QUE ENVOLVE O GÊNERO E A SEXUALIDADE COMO ALGO PECAMINOSO. COMO VOCÊ OBSERVA A INFLUÊNCIA DESTES DISCURSOS NA FORMAÇÃO DE PESSOAS QUE NÃO ESTÃO DENTRO DESSA IDEIA DE NORMATIVIDADE?

Eu acho que as pessoas que propagam esse tipo de discurso (ainda hoje!) deveriam ser criminalizadas. Pelo desserviço que fazem. Porque muitas pessoas se suicidaram e ainda se suicidam por causa desses discursos. Ou são suicidadas, o que dá quase no mesmo. Eu mesmo cresci ouvindo que eu iria pro inferno, depois que morresse, só porque sou viado. Ser viado nos anos noventa – e ainda hoje, infelizmente – é ganhar uma passagem de ida pro inferno. Tanto é que durante muito tempo eu tive medo de morrer porque eu não queria ir pro inferno. Depois de algum tempo – e com muita terapia! – você passa a entender que é pro céu que você não quer mais ir. Porque é lá que vão estar todos esses cretinos que te julgam e condenam. E ir pro mesmo lugar que vão todos os cretinos que te odeiam é que é o verdadeiro inferno (risos).

 

6 – AS PERSONAGENS ESTÃO SEMPRE TROCANDO SUAS FALAS, COMO SE FOSSEM UMA A OUTRA. O QUE TE LEVOU A PENSAR NESTE FORMATO?

Eu não queria incorrer no mesmo erro que incorrem várias peças que abordam a temática trans que é a de colocar pessoas trans sempre representando elas mesmas. Não podemos esquecer que antes de serem trans, essas pessoas são atrizes e atores. Então, eu quis explorar uma estrutura em que essas pessoas pudessem fugir delas mesmas. Pudessem ser outras. Muitas outras. Porque o mais legal do teatro é a alteridade. Poder tirar férias de você. E lidar com problemas de outras pessoas que não são os seus problemas reais e cotidianos. Daí veio a escolha de utilizar a estrutura das matrioskas – aquelas bonecas que vem umas dentro das outras – para poder trabalhar com atores que carregam dentro de si uma multidão de personagens.

 

7 – VOCÊ TAMBÉM FAZ UMA BRINCADEIRA COM UM ROTEIRO DE VÍDEO. COMO SURGIU ESSA IDEIA?

Eu sempre tendo a achar que forma e conteúdo estão – senão sempre, quase sempre – associados. Eu já tinha a intenção de explorar diferentes gêneros textuais (forma) para falar de diferentes identidades de gênero (conteúdo). E queria utilizar, para isso, formas consideradas “impróprias” para a dramaturgia como, por exemplo, um manual de instruções, um percurso de GPS, postagens do Twitter, etc. como maneira de estabelecer pela linguagem uma espécie de espelhamento com esses corpos que não encontram lugar de pertencimento numa sociedade que compartimenta tudo em caixinhas e que, por isso mesmo, tenta eliminar toda e qualquer existência que não sabe classificar. O roteiro de cinema, especificamente, é um resquício de um recurso utilizado na peça anterior “Réquiem”, em que uma agressão homofóbica desacontecia até o instante em que a vítima ficava frente a frente com seu agressor e tentava modificar seu futuro. A peça era escrita em rewind (de trás para frente) e já explorava na linguagem recursos da montagem e edição cinematográfica.

 

8 – OS ASSUNTOS ABORDADOS B( )NECA RUSSA TRATAM DE MUITA VIOLÊNCIA E DESUMANIZAÇÃO. COMO FOI PARA VOCÊ ESTUDAR O ASSUNTO, DEPOIS ESCREVER SOBRE ELE?

Durante o processo de pesquisa para a escrita do texto, eu percebi que existe, dentro dessa sopa de letrinhas que é a comunidade LGBTQIA+, um segmento que é muito mais vulnerável que os demais. As pessoas Ts: travestis, transexuais e transgêneros. A transgeneridade é vista socialmente como um estigma, assim como a cor da pele para os negros. Não tem como esconder. E, por causa disso, as pessoas Ts são muito mais vulneráveis a preconceitos. É importante lembrar que falar de preconceitos, no que diz respeito a pessoas trans, ainda é falar de violência. Seja esta de cunho físico, psicológico ou verbal. Pessoas trans ainda não têm direito à vida numa sociedade que inviabiliza a sua existência no que diz respeito a questões jurídicas, sociais e afetivas, podendo – inclusive – ser considerado como um desejo social de eliminação da existência trans com a conivência do Estado brasileiro. É importante lembrar que a transgeneridade só saiu da lista de transtornos mentais da OMS em 2019 enquanto que a homossexualidade deixou de ser considerada doença em 1990. E também não podemos esquecer que ainda é proibido falar sobre pessoas trans e identidade de gênero nas escolas. E isso acaba contribuindo – de maneira indireta – para a transfobia. Porque ensinando que não pode falar sobre, está ensinando que é errado ser e que, por ser errado ser, essas pessoas que são não deveriam existir. As questões que o texto suscita não acabam com o fim do texto, porque essas ainda são questões abertas na sociedade. Mas é importante fomentá-las. Porque fomentando estamos tirando elas da invisibilidade – ainda que não saibamos resolvê-las.

 

9 – COMO IMAGINA (OU PERCEBE POR FEEDBACKS) QUE ESSA OBRA TOCA QUEM LÊ OU ASSISTE? É VOLTADA PARA ALGUM PÚBLICO ESPECÍFICO?

A transfobia é, na maior parte das vezes, um problema de pessoas heterossexuais e cisgêneras. Justamente por se ter consciência disto, o foco da peça é, a princípio, voltado para essas pessoas, podendo ser expandido a qualquer outra pessoa que tenha interesse na discussão das questões referentes à identidade de gênero e sexualidade. É utópico – e ainda assim, é possível – utilizar a linguagem teatral como um meio capaz de colaborar, de alguma forma, para a humanização de corpos dissidentes – ainda tido, muitas vezes, como marginalizados – e que, na maior parte das vezes, nem chegam a ser considerados humanos pela maioria das pessoas.


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